O porquê me afastei das redes sociais

Este boletim tem como intuito te ajudar a ver o mundo da forma mais clara, sabendo separar o que importa do que não importa, porém em um nível muito mais profundo.

(Adriano Sugimoto)


Dia 8 de dezembro no ano passado foi meu último post no Instagram, um período de 43 dias até agora. Neste boletim quero te falar um pouco sobre como tem sido meu “detox” de redes sociais e quais minhas conclusões. Pois eu realmente acho que nós só sabemos o efeito real de algo quando temos e depois perdemos ou nos afastamos.

Essa pausa nas redes sociais aconteceu de forma bastante natural quando eu comecei a fazer menos postagens e buscar mais sobre o caminho que iria tomar na vida. Dezembro sempre é uma excelente época do ano para isso, pois normalmente ficamos mais reflexivos. Desde então eu tenho me questionado qual papel das redes sociais na minha vida? Seja como um produtor de conteúdo ou como consumidor de tudo que se produz.

Neste ano foi lançada a serie no Netflix chamada “Minimalismo Já” e algo que atraiu muito minha atenção foi a ideia de que tudo que costumávamos ter em locais separados foi condensado em somente um. A forma de ligar para as pessoas, agenda, ler e-mails, o GPS, as anotações, TV, vídeo games etc. e isso nos fez ficar com um celular na mão constantemente e até desenvolver um pânico de ficar sem celular, a chamada nomofobia. Como qualquer pessoa que tem uma relação intensa e constante com qualquer um ou qualquer coisa, estar longe causa muita ansiedade e medo, até quando se trata do celular. E aí me vem a ideia: “eu uso o celular ou ele me usa”?

Bem... eu não deixei de usar o celular, apenas as redes sociais, e sobre elas eu tenho algumas hipóteses. Redes sociais são boas? Claro! Quando bem utilizadas, são um excelente meio de manter contato com amigos, ver notícias, compartilhar ideias, e muito mais. As redes sociais moldaram completamente nossas vidas. Me lembro que o encontro em que conheci a Michelle somente aconteceu por causa de um compartilhamento do anúncio de uma festa que eu curti no Facebook. Olha que baita influência! Pelo menos foi para mim.

E o que eu aprendi com meu “detox” de redes sociais? Muita coisa! Muitas delas são de caráter interno e autoconhecimento, por isso não tenho exatamente como explicar aqui. Mas separei alguns tópicos que acho de extrema importância:

Superficialidade

Podemos aprender muito nas redes sociais, porém a profundidade do conhecimento é sempre limitada. Não existe como absorver a profundidade de um livro ou de um curso nos posts de Instagram, eles devem ser utilizados apenas como um incentivo ou a fagulha que leva a um outro lugar, porém, nunca a fonte principal de conhecimento. Nessa jornada percebi que eu valorizo a profundidade mais do que tudo, por isso esse boletim é minha forma favorita de comunicação, pois não poderia ser consumido em 5 segundos no Instagram. Essa valorização da profundidade me fez criar uma meta lá em dezembro que era de estudar no Reino Unido. Objetivo que estou prestes a iniciar com um Mestrado em Psicologia que espero começar ainda esse mês. =D

Comparação imposta

É excelente ter contato com os amigos e saber o que eles estão fazendo. Porém você já se pegou comparando-se com alguém somente por ver algo nas redes sociais? Ou um pensamento proveniente algum post de um mentor que você segue que fica insistentemente rondando sua mente, mas que não te traz benefícios reais? Eu deixei de seguir muitas pessoas que não eram amigos e sim simplesmente “gurus” de diversas coisas, pois percebi que eles estavam ditando um monte de coisas na minha cabeça que eu deveria fazer, e esses pensamentos estavam me impedindo de evoluir. Magicamente, ao deixar de seguir algumas pessoas, eu pude estar livre para pensar de outras formas.

Bolha

Eu gosto te Netflix! =D por isso vou te perguntar se você já viu o “Dilema das Redes”!? Ele fala especificamente do tal do “algoritmo”, que é o responsável por fazer com que você passe o maior tempo em frente a uma tela e que você tenha o maior valor comercial para venda de anúncios. Ele utiliza nosso lado narcisista (de admirar a si mesmo) para nos dar mais do que vemos muito. Ou seja, se eu procurar por canecas para café na internet, repentinamente aparecerá caneca para todo lado dentro do meu celular. Se eu sou uma pessoa com tendências contra o governo (tocando em pontos delicados) eu irei ver muito sobre argumentos que dão suporte à contradição. Porém se eu tiver tendências pró governo, tudo que me aparecerá serão apoiadores do governo. Mesmo que a internet em si seja a mesma em ambos os casos.

O algoritmo nos dá o que já conhecemos porque sabe que iremos interagir muito mais com aquilo. Nesse sentido ele nos prende em uma bolha e nos faz pensar que o mundo é daquela forma de estamos vendo ali e todos pensam daquele jeito. O que pode estar, em alguns casos, extremamente longe da realidade. Além de nos distanciar de ideias contraditórias ou outros ramos da vida onde poderíamos aprender muito.

Trabalho sem fim

Como criador de conteúdo eu posso dizer que gerar postagens para redes sociais pode ser um poço sem fundo de trabalho. E quando não temos ideias claras do porquê estamos fazendo aquilo fica bastante difícil ter ânimo para trabalhar e fazê-lo com a profundidade que eu gostaria. Redes sociais para fins profissionais devem ser utilizadas como um material de apoio para um trabalho principal mais profundo. Com exceção dos “influencers”. Porém, podemos nos pegar facilmente em um ciclo de trabalho exaustivo somente para alimentar redes sociais, e para isso, criando conteúdos muitas vezes sem sentido e sem valor, apenas para cumprir o agendamento de postagens. Essa pausa nas redes sociais me ajudou a perceber que não é nada tão céu ou inferno... existe um caminho do meio que é mais adequado e diferente para cada um.

Para terminar, eu te deixo a pergunta: “Você usa as redes sociais ou elas te usam?”

Obs. Eu voltarei em breve para as redes sociais! Eu realmente adoro fazer postagens, pois são importantes para mim também! =D Neste momento estou mudando de casa, por isso preciso de tempo para me reorganizar. Agradeço muito a você que leu até aqui e que me acompanha nas redes sociais! Muito obrigado!


Minha nota:

Semana que vem irei lançar meu Curso de Gestão de Conflitos. Ficou excelente e não vejo a hora de poder compartilhar com você! Aguarde! =D


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Muito obrigado.

Um forte abraço.

E tchau!

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