A Persona Segundo Carl Jung

Este boletim tem como intuito te ajudar a ver o mundo da forma mais clara, sabendo separar o que importa do que não importa, porém em um nível muito mais profundo.

(Adriano Sugimoto)


Já se perguntou o quanto da sua personalidade não é exatamente você e sim uma personagem criada para lidar e se adequar ao mundo a sua volta?

Carl Jung definiu persona da seguinte forma: “Um tipo de máscara projetada, por um lado, para criar uma impressão definida para os outros, e por outro lado, para esconder a verdadeira natureza do indivíduo”. Ou seja, persona é essa máscara que utilizamos para lidar com o mundo, porém que muitas vezes não percebemos que estamos usando e nos confundimos com ela.

Vamos começar por partes... é bom ou ruim? E eu realmente preciso disso? É bom de certos aspectos e todos precisamos ter várias personas para lidar com o mundo. O ponto mais importante da persona em nossas vidas é o fato de ela nos limitar com relação a ações vistas como inadequadas. Por exemplo, para sustentar minha persona de líder de uma equipe, eu não poderia deixar me levar por raiva e perder a cabeça com meus liderados. Mesmo que eu tenha vontade de fazer isso. Então quando sinto essa raiva, o efeito da máscara é mais aparente e começo a dissimular o que sinto de verdade para não demonstrar isso às pessoas a minha volta.

Esse feito serve também para casos vistos como altamente reprocháveis onde a pressão do meio irá fazer com que se crie uma persona que reprime desejos repudiados pela sociedade, como: matar uma pessoa, abusar de alguém, usar drogas ilícitas, abandonar um filho etc.

Todos nós não só temos muitas personas como precisamos delas, pois através delas que dialogamos com o mundo. Ou seja, quem interagem com o mundo é meu papel de pai ou mãe, de professor, amigo, chefe, atendente, tutor, marido, esposa etc., pois sempre existe dentro de nós uma ideia do que é se portar em cada um desses papeis. Imagine uma pessoa que acabou de se tornar vovô, que está babando pelo neto, fazendo aquelas vozes engraçadas para fazer a criança rir. Consegue imaginar? Agora coloque esse mesmo comportamento em um presidente de uma empresa multinacional. Funciona? Não muito não é verdade? Mesmo que sejam a mesma pessoa, mas cada situação requer uma persona diferente.

E agora você deveria estar me perguntando... já entendi? Mas que diferença faz saber disso? Bem... o problema começa quando essa persona se torna tão forte que toma conta de quem nós somos, nos fazendo quase que literalmente usarmos máscaras o tempo todo sem deixar aflorar nada do que somos de verdade.

Hoje pela manhã estava conversando com o Michelle sobre como a adolescência vivida sobre certos aspectos de opressão nos fazem criar comportamentos para lidar com o mundo e esses comportamentos tomam o lugar da pessoa. Imagine alguém que sofreu muito com alguma característica física quando era adolescente devido ao bullying dos outros. Essa pessoa possivelmente irá criar mecanismos para lidar com a situação, talvez se tornando mais agressiva e áspera para combater os agressores. Mas poderá chegar o momento em que o papel de agressividade foi performado tantas vezes que a pessoa se torna agressiva até com quem não oferece nenhum perigo ou até com pessoas muito gentis. Neste caso vemos a persona tomando conta do ser de forma inconsciente sem ser questionado.

Onde vemos muito a persona suprimindo o ser é nas profissões que têm características muito agressivas. Imagine por exemplo um soldado do exército, a forma de pensar e agir nesta profissão normalmente é associada a altos níveis de autoritarismo e pouca sensibilidade. Se este soldado vai para casa sem tirar a persona do soldado, é fácil de imaginar que a casa começa a se tornar um quartel também. Lembro que meu irmão quando começou a servir ao exército se tornou uma pessoa completamente irreconhecível, tornou-se agressivo, arrogante, intolerante. Ainda bem que durou pouco e terminado o tempo de exército ele rapidamente voltou ao normal.

A minha pergunta para você nesse boletim é: Quem é você? E quem não é? Existem comportamentos e pensamentos dentro de você que são puramente do meio externo e foram criados para lidar com certas situações, mas que acabaram tomando conta da sua vida? Se você olhar bem lá no fundo, quem é você de verdade? Quais suas paixões e desejos sublimes que foram pisoteados por um mundo opressor e acabam sendo esquecidos?

Pense nisso...


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Muito obrigado.

Um forte abraço.

E tchau!

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