O novo Lockdown na Inglaterra e meu novo ponto de vista

Este boletim tem como intuito te ajudar a ver o mundo da forma mais clara, sabendo separar o que importa do que não importa, porém em um nível muito mais profundo.

(Adriano Sugimoto)


Bem... acho que não preciso tentar te convencer que o momento atual é algo completamente excepcional em nossa história e com certeza todas as crianças no futuro irão estudar o que foi o Coronavírus. Neste momento a Inglaterra, onde moro agora, está entrando novamente em Lockdown. Tivemos o mês de novembro com tudo fechado, abrindo no início de dezembro e fechando novamente 15 dias depois, fazendo um Natal de portas fechadas para o comércio, bares e restaurantes. Neste momento a nova fase é exatamente igual a março do ano passado, onde não se pode mais andar livremente na rua, que não seja para comprar alimentos ou remédio ou se exercitar uma vez por dia.

Os hospitais no Reino Unido estão chegando a sua capacidade máxima e a nova variante do vírus se alastra num ritmo ainda maior que na primeira onda. Se alguém me contasse isso um ano atrás eu diria que era ficção das mais forçadas, seria um exagero até para Hollywood. Mas aqui estamos.

Neste boletim meu objetivo é te trazer reflexões para que você possa compreender melhor a vida e ter mais #CONSCIÊNCIA, por isso gostaria de retirar a situação de cena por enquanto e deixar somente o impacto que isso está causando em nossas vidas como indivíduos. Ou seja, como tudo isso influencia nossos pensamentos, nosso ânimo, relacionamentos, expectativas e tudo mais?

Confesso que 2020 foi um dos anos mais difíceis da minha vida, senão o mais difícil. Foi quando me mudei para Londres, e a pandemia mudou não só meu trabalho, como toda minha vida, que aliás eu ainda não tinha aqui, pois não havia ainda estabelecido nada de concreto por ter chegado apenas 2 meses antes do Lockdown.

2020 foi o ano em que fui forçado, assim como muitas pessoas, a conviver comigo mesmo. A passar tanto tempo comigo mesmo que até cansei de mim. Não foi nada fácil para minha saúde mental. Mas sabe aquela sensação de calma que vem depois do completo desespero? Já me preocupei muito com muitas coisas em 2020, que agora em 2021 minha mente está funcionando de forma diferente.

Sei que tempos difíceis virão este ano, talvez até mais difíceis que no ano passado. Mas sei também que tudo isso terá um fim e um novo começo, mais cedo ou mais tarde. Sim, vou ficar sem contato físico com pessoas durante algum tempo. Sim, não irei sair para tomar um café na rua. Sim, talvez não tenha dinheiro para pagar o aluguel. Sim, para muitas coisas que eu não gostaria!

Essa pandemia reforçou algo em mim que já sabia há muito tempo, que achava que usava, mas agora me sinto em um nível mais profundo. Que é a presença no AGORA. Eckhart Tolle, autor do Poder do Agora, é o mestre que, até o momento, vejo como maior referência de conhecimento aliado a prática, ou seja, que realmente vive o que fala.

Eu poderia me desesperar muito neste ano e chegar lá no final acabado. Mas tenho outros planos. Quero viver um dia de cada vez, fazendo o melhor que pode ser feito no dia. Buscando me desligar da ideia de isso ser suficiente ou não na situação atual. Vou focar em um dia por vez, e celebrar os dias de isolamento da melhor forma que eu puder.

Lembro que uns 10 anos atrás eu pensava que se eu tivesse um mês inteiro livre na minha vida iria criar coisas maravilhosas. Pois bem... agora tenho até mais de um mês, e o que estou fazendo com isso?

Toda essa turbulência que estamos vivendo tem que servir para alguma coisa! Devemos aprender a lidar melhor com nossos sentimentos sem querer fugir deles com celulares, Netflix, comida ou bebida. Precisamos aprender que tudo tem um custo e muitas situações envolvidas para que algo ocorra, imagine quantas pessoas são necessárias para que um prato de arroz com feijão chegue até sua mesa! Como podemos consumir um produto que é feito do outro lado do mundo sem nem perceber tudo que isso envolve.

A situação nos força a questionar se esse NORMAL que conhecíamos antes era realmente normal ou era na verdade um sistema doente que criamos para nós mesmos.

Na minha opinião, toda essa avaliação começa do lado de dentro. Como você lida com seus pensamentos? Normalmente foge deles? Com tudo a sua volta? Ignora? Foge? Se esconde? Disfarça? Grita? Chora?


Minha nota:

Estou tentando algo novo agora para trabalhar em casa. A técnica é a seguinte: saio de casa pela manhã como se fosse ir para o trabalho, vou até a estação e volto para casa. E então começo meu dia de trabalho. Para mim tem sido muito interessante.

O que você tem feito para manter bons fluxos de pensamentos e um certo nível de sanidade?


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Muito obrigado.

Um forte abraço.

E tchau!

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