Ninguém fica feliz por decreto

Este boletim tem como intuito te ajudar a ver o mundo de forma mais clara, sabendo separar o que importa do que não importa, porém em um nível muito mais profundo.

(Adriano Sugimoto)


Ninguém fica feliz por decreto! Você concorda com essa frase? Foi ela que cruzou meu caminho essa semana e me fez refletir muito sobre imposições que fazemos a nós mesmos ou que os outros fazem a nós.

Meu bonsai revivendo depois de um inverso rigoroso. Todas as folhas se foram e agora novas aparecem. Veja a felicidade na renovação.

Meu bonsai revivendo depois de um inverso rigoroso. Todas as folhas se foram e agora novas aparecem. Veja a felicidade na renovação.

Primeiramente, pensando no fluxo do externo para o interno, ou seja, outro alguém decretar que sejamos felizes, não faz muito sentido se analisarmos de perto, pois mesmo que o outro possa influenciar, ninguém externo pode determinar nosso humor ou nível de felicidade. Porém, de forma meio inconsciente, buscamos isso nos outros, seja indo a um psicólogo e esperando melhorar, seja em um relacionamento esperando que o outro traga felicidade, seja em um grupo religioso, seja no trabalho etc. O que você acha? Consegue ver o limite onde um e o outro se confundem?

Vamos pensar em um relacionamento (qualquer tipo de relacionamento que você imaginar), ele traz felicidade? Creio que você deva responder que sim ou que não. Porém a melhor resposta, na minha opinião, seria: Relacionamento pode trazer felicidade. E esse pode está mais relacionado à nós do que ao outro. Depende de como cuidamos desse relacionamento, como olhamos para ele, como o cultivamos. Por isso, para trazer felicidade, qualquer relacionamento com outro ser humano depende da nossa parte para funcionar. Não existe nenhum que simplesmente dê certo e outro que não dê, tudo depende do caminho trilhado.

Expandindo essa ideia para outros pontos, pense em como você se veste, como faz exercício físico, como busca religiosidade, como vai a um psicólogo, como cuida da alimentação etc. Você espera que essas coisas te tragam felicidade simplesmente por fazê-las ou você as usa para chegar em algum lugar? Veja como tudo externo são ferramentas, mas todas elas dependem da nossa parte para impactar nossa felicidade. Nenhuma dessas coisas pode determinar nossa felicidade! (Mas pode ajudar, claro!)

O outro ponto onde podemos pensar essa frase é: O decreto que fazemos a nós mesmos. Como assim? Já disse a si mesmo: “Hoje eu vou ser feliz!”. Isso funciona? Bem... na minha experiência funciona sim. Principalmente quando estamos em ciclos viciosos dos quais não conseguimos nos libertar tão facilmente. Pois isso, essa quebra de padrão é extremamente eficaz! Quando você diz a si mesmo: Basta! Não aguento mais ser assim! Algo muda dentro de você. É o mesmo mecanismo de quando utilizamos frases de afirmação. Mas então qual é o contraponto? O outro lado da moeda é que isso tem um funcionamento limitado a longo prazo. Ou seja, pode te encher de energia hoje, mas se não houver uma mudança real e uma mentalidade que faça sentido e dê suporte para essa felicidade, com o tempo esse “decreto” perderá o valor.

Aqui chegamos em algo muito profundo que quase todos nós tememos: sinceridade consigo mesmo. O ser humano tende a não olhar para as próprias sombras pois elas causam medo, assim vamos tapando o sol com a peneira, dizendo para nós mesmos que está tudo bem, quando lá no fundo sabemos que não está. Quando não olhamos para nossas sombras, mais elas crescem, e quanto maiores, mais difíceis são de lidar.

Eu quero te convidar a pegar seus pensamentos mais “inadequados ou medonhos” e olhar para eles sem julgamentos, apenas tentando compreender por que eles estão lá, como que eles também são parte de você e como você pode abraçá-los e transformá-los em algo melhor. Lembre-se, os pensamentos ruins também fazem parte de nós e através deles podemos aprender muito sobre quem somos de verdade.

A conclusão é que: não adianta decretar sua felicidade e parar por aí. Você precisa ir além, se conhecer melhor e praticar seu potencial. Quando a felicidade deixa de ser um decreto imposto pela sociedade e por nós mesmos, e passa a ser a opção escolhida, estaremos vivendo realmente a felicidade plenamente.


Minha nota:

Neste último domingo, eu e a Michelle, passamos um dia inteiro sem celular e isso trouxe uma grande leveza para o início da semana. É muito bom viver mais de forma analógica e menos de forma digital, pois essa maquininha pode roubar tanto nossa vida e sem que nem percebamos isso.


Quer entrar para minha lista e receber o boletim #CONSCIÊNCIA no seu email assim que sair? Inscreva-se em: adrianosugimoto.com.br é de graça!

Muito obrigado.

Um forte abraço.

E tchau!

Anterior
Anterior

Estímulos para que te quero?

Próximo
Próximo

Liberdade para que te quero