Aproveitando as pequenas coisas

Este boletim tem como intuito te ajudar a ver o mundo da forma mais clara, sabendo separar o que importa do que não importa, porém em um nível muito mais profundo.

(Adriano Sugimoto)


Neste momento estou em um parque em Londres tomando sol. Acabei de almoçar minha marmita que fiz com as sobras do jantar de ontem. Para chegar até aqui, caminhei um pouco mais de uma hora. Não há nada de grandioso nisso, mas há muita importância e quero compartilhar com você nesse boletim alguns pontos de vista que podem te ajudar a viver melhor.

O primeiro ponto óbvio é o Sol! Bem... por aqui nessa época do ano, ter sol é muito raro. Além disso ele chega tarde e vai embora cedo. Neste momento o sol está aparecendo por volta de 7h da manhã e às 16h já parece madrugada. Sempre achei curioso como as pessoas na Europa ficam loucas com um dia de sol! Agora entendo que é simplesmente pelo fato que ser algo muito escasso.

Mesmo assim, não vejo tantas pessoas aproveitando a luz do sol como poderiam. Vejo pessoas sempre correndo de um lado para o outro, sempre preocupadas e sempre maldizendo algo. Claro que não são todas, mas a forma negativista de pensar parece até mais apropriada na maioria das interações sociais.

Aliado ao meu momento específico aqui, estava lendo o livro da Brené Brown sobre vulnerabilidade, bem na parte que fala sobre que os momentos de plenitude estão vinculados a momentos de conexão espiritual, no sentido de sentir-se parte de um todo, e não, curiosamente, com grandes objetivos alcançados. É o saborear de um café (eu sempre falo de café), olhar um filho dormindo, admirar uma pessoa amada de longe, cuidar de um cãozinho, ou sentir a luz do sol tocando o rosto e esquentando o corpo.

E o que isso me fez pensar? Muita coisa que eu já sei, mas que na vida real é difícil colocar em prática. Que cada momento deve ser vivido intensamente, pois é ele que determina a nossa verdadeira vida e não o quão seguro ou inseguro eu estou com relação ao futuro. Se eu olhar para o sol e pensar que ele só vai existir nesse breve momento e eu não o verei durante muito tempo, provavelmente ficarei desanimado e meu sentimento será o mesmo de quando não há sol. Numa tentativa de viver sempre no pior momento para não ter que lidar com a frustração de acordar sem luz solar.

Muitas vezes vivemos assim em nossas vidas, tudo está bem, às vezes até bem demais para ser verdade, e por isso ficamos buscando qual é o problema que “deve” estar logo na esquina, que muitas vezes nem existe, mas fica permeando a mente e evitando nossa vivência do presente.

Hoje eu saí de casa a pé para colocar meus pensamentos no lugar. Já estamos aqui a um mês no segundo lockdown e isso está me afetando bastante nesse momento. Especialmente devido ao inverno e à falta de sol. Para um brasileiro isso aqui é quase o fim do mundo (kkkk brincadeira!). Sai com muitos pensamentos na cabeça e repassando mentalmente cada um deles. Depois de certo ponto peguei meu livro e comecei a ler. Um pouco mais para frente, guardei o livro na mochila, olhei para frente e vi um mundo completamente diferente. Estava sentindo mais meu corpo, minha mente, minha conexão com o mundo. Tudo por deixar um pouco de lado minhas preocupações.

Às vezes imagino como devem ser os momentos finais de alguém que não aproveitou a beleza da vida. Tantas vezes deixamos de fazer coisas que gostaríamos de fazer, largando para lá por inúmeros fatores, seja pela correria do dia a dia, por pensar no julgamento dos outros, por vergonha, por insegurança. Eu te convido a pensar na sua vida ao contrário. Qual seria seu pensamento lá na frente sobre sua vida neste momento. O que o seu eu lá do futuro gostaria que você estivesse fazendo e como estivesse se comportando. Quais seriam as alegrias e arrependimentos do seu próprio eu com relação eu seu comportamento atual, ao seu olhar para vida agora? Quem você mesmo escolheria ser e quais as oportunidades você mesmo aproveitaria?

Essa reflexão abriu muito meus olhos em um momento que estou buscando definir como será meu futuro nos próximos 10 anos. Pois estou em um novo país, com a chance de construir todo um novo caminho, mas que deverá iniciar-se quase que do zero. Neste momento eu penso... o que falarei do meu passado daqui a 10 anos? E o que eu estou descobrindo é: viva cada momento, sem medo do futuro, sendo leve e aproveitando cada momento, pois nenhum momento irá acontecer novamente.



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Muito obrigado.

Um forte abraço.

E tchau!

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