Está nevando lá fora!

Este boletim tem como intuito te ajudar a ver o mundo de forma mais clara, sabendo separar o que importa do que não importa, porém em um nível muito mais profundo.

(Adriano Sugimoto)


Já parou para pensar que muitos dos nossos conceitos só existem porque conhecemos o oposto àquilo? Somente temos um nome para “dia” porque também existe a “noite”. Imagine que nunca anoitecesse, que a todo momento fosse dia... então o nome “dia” não existiria, porque tudo simplesmente seria do mesmo jeito, de forma constante. Já pensou em tantas coisas que existem a nossa volta que não percebemos simplesmente porque elas sempre estão lá e nunca mudam?

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Neste momento em que estou escrevendo, aqui em Londres, a temperatura lá fora é de -1 °C e está nevando! =D Ao mesmo tempo faz 26 °C em São José dos Campos/SP minha cidade natal. Quanta diferença, não é verdade? Estar em cada uma dessas cidades significa ter uma vida completamente diferente uma da outra.

E o que isso tem a ver com o boletim de hoje?

Nós só sabemos dar o valor adequado para casa situação na vida quando conhecemos outras realidades. Um esquimó provavelmente acharia -1 °C terrivelmente quente, onde ele usaria suas roupas de verão. Para alguém do norte ou nordeste do Brasil talvez fosse algo absurdo onde um ser humano nem conseguiria viver de tão frio.

Fazendo um paralelo com nossas vidas, passamos por momentos difíceis sem perceber que eles são muitas vezes o nosso termômetro para a vida como um todo. A vida mais perfeita de todas seria apenas uma vida qualquer se fosse sempre perfeita. A perfeição seria justamente o problema de uma vida perfeita, por isso que uma vida perfeita não existe para um ser humano, ou seja, é impossível.

Quero te chamar atenção hoje para como você degusta sua vida. Minha sugestão é que você seja um sommelier da sua própria vida. Um sommelier é uma pessoa capaz de experimentar um vinho e caracterizar cada nota, seu potencial e como se harmoniza com o todo. Um vinho pode ser frutado ou amadeirado e cada um cai melhor em um determinado momento (meu conhecimento sobre vinhos é bastante limitado, percebeu? =D). Para ele não existe simplesmente um vinho “bom” e outro “ruim”, cada um tem suas particularidades. Mesmo que ainda seja possível distinguir entre um vinho “melhor” e um “pior”, você nunca verá um sommelier revoltado, frustrado, indignado ou desesperado por experimentar um vinho “ruim”. De forma análoga, por que muitas vezes nos desesperamos ou ficamos frustrados ao degustar um momento ruim da vida?

Porque não olhar atentamente para a situação e simplesmente caracterizá-la como um momento delicado ou indefinido, e aprender com ele para que quando os momentos melhores chegarem, sabermos aproveitá-los muito mais. Pois como dissemos no começo, os momentos felizes só existem porque alguns momentos tristes nos fazem lembrar disso.

Viva a dualidade e aprecie os detalhes! Momentos de frio e de calor, bonança e escassez, certeza e insegurança, proximidade e isolamento, pois um só existe quando o outro aparece de vez em quando para nos lembrar.


Minha nota:

Neste momento de tanta turbulência no mundo, eu desejo que você saiba aproveitar a situação para se conhecer melhor e aprender qual seu papel no mundo.

Fazemos tantas coisas erradas sem perceber. Isso porque nunca paramos para refletir sobre o que fazemos. Por isso, a pandemia é, mais do que tudo, um momento de reflexão profunda e revisão de conceitos.


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Muito obrigado.

Um forte abraço.

E tchau!

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