Ilusões da vida

Este boletim tem como intuito te ajudar a ver o mundo de forma mais clara, sabendo separar o que importa do que não importa, porém em um nível muito mais profundo.

(Adriano Sugimoto)


Se eu te falar que sua vida é uma ilusão, você iria brigar comigo? E se eu te perguntasse se você acha que sua vida é uma ilusão de alguma forma, você iria pensar no assunto? Dependendo da forma que olhamos para a vida, veremos as coisas em uma perspectiva diferente. Na primeira frase, como se trata de uma contraposição direta, provavelmente você irá refutar instintivamente se eu disser que sua vida é uma ilusão. Mas perguntando se você acha que talvez sua vida seja uma ilusão de alguma forma, possivelmente você pare para pensar na ideia.

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O que quero te trazer nesse boletim é a pergunta se o que temos como certeza absoluta, é realmente absoluta ou foi algo aprendido por algum mecanismo da mente. A mente é um mecanismo fantástico que tem a capacidade de nos manter vivendo de forma “razoável” mesmo que as coisas a volta não façam tanto sentido. As ilusões são criadas na maioria das vezes como formas de nos protegermos e termos a sensação de segurança. Elas nem sempre são conscientes e muitas vezes são criadas na infância, perdurando durante toda uma vida. Podemos ter a ilusão que um “bom” emprego irá nos trazer felicidade, que posses nos garantirão conforto e prazer no futuro, que as pessoas a minha volta me devem algo, que status social significa valor real, que sexo sempre trará o prazer que queremos, ou muitas outras situações.

Tendemos a nos apegar a essas ideias, ou “ilusões”, porque elas criam regras para vida que são fáceis de serem perseguidas e dão a impressão de que estaremos indiscutivelmente bem quando elas forem atingidas. Perceba o padrão: algo externo que determina algo interno! E o problema fica ainda mais evidente quando atingimos essas metas, pois o pensamento passa a ser: agora eu tenho o emprego que sempre quis, por isso devo ser feliz! Você já deve ter visto pessoas que não ficaram tão felizes assim quando atingiram o que queriam na vida, pelo menos não por muito tempo. Como a felicidade normalmente acaba não aparecendo ou não se sustentando, outro padrão aparece: agora eu preciso de outra coisa! Criando um ciclo interminável que nunca nos permite estar onde queremos de fato estar.

#Emoções

Este pensamento não questionado de “se eu tiver X então devo me sentir Y”, nos leva a reprimirmos as emoções por serem “erradas” ou “inapropriadas”. Nessa regra deixamos de observar os sentimentos conforme eles ocorrem e passamos a uma obsessão por buscar sentir o que achamos que deveríamos sentir. Assim como uma criança é ensinada a não chorar ou que sentir raiva é errado, fazendo assim com que ela nunca aprenda a lidar com essas emoções, pois senti-las não é o correto a se fazer. Ignorar um sentimento nunca resolve o problema, e sim o faz ficar escondido e embutido em tudo que fazemos. Alguém que nunca parou para sentir e compreender sua própria raiva, irá transferir esse sentimento para todas as situações na vida, se tornando alguém raivoso com tudo e com todos, mesmo sem perceber.

Observar as emoções não significa deixar-se tomar por elas e agir irracionalmente, permitindo que instintos negativos e nocivos aflorarem. Mas sim observá-los, se perguntando, por que me sinto isso? O que me faz sentir assim? Como posso abraçar e cuidar desse sentimento para que ele seja utilizado de uma melhor forma? Todas as pessoas têm sentimentos dos quais têm vergonha até de pensar. E o não pensar é justamente o que faz com que eles sempre estejam lá. Pois em nossa vida nada evolui simplesmente por ser ignorado.

Uma vida de ilusão é uma vida que possui regras e classificação para todas as coisas, impedindo que cada momento seja sentido simplesmente da forma que é. Ilusão é acreditar que marcos externos como dinheiro e status social irão alimentar profundamente a alma. É achar que existe algum lugar mágico que iremos atingir e então a vida será perfeita, ignorando que a jornada é infinita e apenas um passo pode ser dado por vez.

Desenvolva sua sensibilidade para deixar de viver por ilusões e se tornar um ser humano muito melhor.


Minha nota:

Estou muito feliz com minha nova meta de voltar ao YouTube e criar vídeos. Mesmo já tendo feito centenas de vídeos eu ainda me questiono o que realmente é bom. Me pego muitas vezes achando que nada faz sentido, com vontade de jogar tudo fora e começar novamente. Ao me observar pensando isso acabo rindo de mim mesmo e pensando... é um ser humano mesmo! E quanta beleza há na dúvida se aprendemos a vê-la com bons olhos. Quanto mais eu aprendo, mais dúvida eu tenho, pois nunca param de aparecer questões que eu não tinha pensado antes.

Semana passada meu vídeo foi sobre atitudes que tornam a vida mais fácil. Para ver clique aqui!


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Muito obrigado.

Um forte abraço.

E tchau!

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