Como remover pessoas tóxicas da sua vida

Este boletim tem como intuito te ajudar a ver o mundo de forma mais clara, sabendo separar o que importa do que não importa, porém em um nível muito mais profundo.

(Adriano Sugimoto)


Tenho certeza de que você já ouviu o termo “pessoas tóxicas” ou “relacionamentos tóxicos”; imagino que você tenha uma definição para isso e alguns exemplos de pessoas que se encaixam nessa categoria. Neste boletim, apesar de ser um tópico bastante polêmico e que eu nunca seria capaz de saber exatamente qual o seu caso, irei falar um pouco sobre esse tema para que você possa refletir sobre suas relações.

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A definição de pessoa tóxica é sempre algo relacionado com alguém que diminui nossa autoestima, limita nossa liberdade e crescimento, nos faz sentir culpados, abusam psicologicamente, geram pensamentos destrutivos, ou algo do gênero. E de alguma uma forma nos vemos forçados a estar com essas pessoas, seja por sentirmos o dever de estar próximo, ser alguém da família, devermos algo a ela, pertencermos ao mesmo meio social (trabalho por exemplo) ou até mesmo sem um motivo tão aparente, mas algo nos atrai e mantem a relação tóxica.

Tendo isto em vista, quero te trazer alguns pontos que podem te ajudar a rever os conceitos sobre o que é uma relação saudável:

1) Ninguém é responsável por ninguém

Cada um é responsável por sua própria vida e não pela do outro. Por mais que pareça que somos responsáveis pela vida de algumas pessoas, seja nosso cônjuge, pais, filhos, etc, isso é muito mais uma projeção do que uma verdade. Quando um filho erra podemos ter a impressão de que a culpa é nossa, pois fomos nós que o conduzimos ao erro. Porém, se o filho não pode errar, também significa que ele não tem vida própria, ou seja, nos estaríamos vivendo por ele. O papel dos pais é de prover um ambiente adequado conforme for possível, mas de não viver por eles.

Olhando agora pelo lado de quem está sendo controlado, devemos ver que as pessoas a nossa volta que nos restringem podem até ter uma boa intenção, porém não cabe a elas decidir nossos passos. Cada um deve colher os frutos do próprio plantio, sejam eles bons ou maus. Por isso, saiba que o maior responsável por sua vida é você mesmo, por mais que alguém diga o contrário.

2) Devo fugir dessas pessoas?

Quando temos um relacionamento que classificamos como tóxico, a primeira coisa que vem a mente é nos afastar da pessoa em questão. Porém, nem sempre isso é possível e se fossemos fazer isso com todas as pessoas, talvez não sobrassem muitas para nos relacionarmos, não é mesmo? Por isso, gosto muito de ter em mente a ideia da interface permeável que separa uma pessoa da outra. É como vejo as relações; quando conversamos com alguém, algo sai do outro e entra em mim, assim como algo sai de mim e entra no outro. É uma troca de ideias e energias! Quando temos a noção do que está transitando nessa interface, podemos observar qual está sendo a influência do outro em nós. Se eu converso com alguém e saio me sentindo pior, tenho duas opções: (1) me afastar ou (2) mudar o material de que é feita essa interface permeável, fazendo com que essas influências não cheguem até mim. A primeira opção (afastar) deve ser utilizada quando precisamos de um tempo para tomar um fôlego e rever a vida, ou quando a relação realmente é insustentável e você vê que o melhor é finalizar a relação. A segunda opção (trabalhar a interface) é a que mais irá nos ajudar na vida, pois todas as pessoas no mundo têm seus problemas e eventualmente eles serão projetados em nós. Compreender como o outro nos faz mal e como ser resistente a essa influência nos faz ter uma capacidade de viver melhor independentemente do que acontece ao redor ou do que os outros pensam de nós.

3) Higienize suas relações de tempos em tempos

Já deixou a vida rolar sem controle e terminou em uma situação ruim sem saber como isso foi possível? O velho “empurrar com a barriga” pode ser muito prejudicial em todos os aspectos da vida. Quando aceitamos situações sem nos questionar o que seria o melhor, quando continuamos tudo do jeito que está simplesmente para não causar conflitos ou para não nos estressar, o problema tende sempre a crescer e cada vez ficar mais difícil de lidar. Higienizar não significa romper todas as relações, mas sim estabelecer certas regras para manter a saúde da relação. Isso pode significar deixar claro para alguém que certa brincadeira é de mau gosto ou não comparecer mais a certos eventos sociais. O importante é que você saiba o papel de cada uma das relações em sua vida e como elas te afetam de forma positiva ou negativa.

4) Observe as emoções

Algumas (ou muitas) pessoas utilizam artifícios emocionais para manter as outras próximas, muitas vezes através de culpa, da criação do sentimento de dívida, dizendo o quanto elas precisam de você ou você precisa delas. Como eu não conheço sua vida, jamais poderia dizer para ignorar tudo isso e fugir dessa pessoa; infelizmente não posso te dar essa dica. Mas devo te dizer que tenha atenção para o uso dessa emoção que cria armadilhas invisíveis aos nossos olhos. Podemos nos manter próximos de alguém por achar que isso é o certo a se fazer, mas talvez isso seja, na verdade, algo puramente criado e alimentado pelo outro, e que não faz sentido.

5) O outro lado da moeda

Não chame alguém de tóxico porque você mesmo não quer encarar a realidade. O rótulo de “tóxico” pode ser também utilizado erroneamente como uma forma de culpar os outros pelo nosso próprio infortúnio; nos fazendo estagnar na vida, culpando a influência do outro por estarmos nessa situação. Culpar o outro é sempre o caminho mais fácil, mas que não leva a lugar nenhum. Tomar as rédeas de nossa própria vida também significa perceber que fizemos parte dessa relação tóxica de alguma forma, mesmo que seja simplesmente pela omissão, consentimento ou comodidade.


Minha nota:

Seja qual for a relação tóxica que você possa ter, sempre busque querer o bem do outro. O afastar ou restringir as relações pacificamente é sempre o melhor caminho. Lembre-se que não é necessário que você encontre mil motivos no outro para dizer que ele é uma pessoa “tóxica” e somente depois se afastar. Querer o mal para alguém é tomar um veneno que nós mesmos criamos, dessa forma nós que seremos os “tóxicos”.


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Muito obrigado.

Um forte abraço.

E tchau!

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