Começar algo novo é sempre muito difícil. O medo de falhar sempre fica nos rondando, como um fantasma que busca o momento em que as
Começar algo novo é sempre muito difícil. O medo de falhar sempre fica nos rondando, como um fantasma que busca o momento em que as coisas darão errado para dizer: eu avisei que não ia dar certo!
Na minha opinião isso acontece porque normalmente não paramos para nos perguntar: O que é dar certo? O que quero de verdade com isso? E quando fazemos essas perguntas e temos algumas respostas elas sempre são algo relacionado com o que vemos do sucesso de outras pessoas. Quase como se o sucesso fosse ter uma cópia do que alguém já tem, mas visto apenas por fora, queremos aparentar ter aquilo para os outros também.
Há cerca de 3 anos atrás eu comecei um PodCast, que durou, imagine.... 1 episódio. Um episódio gravado na beira da lagoa da Pampulha em Belo Horizonte, com uma qualidade péssima e, para piorar, um barulho de vento horrível. Depois do primeiro não tive ânimo suficiente para continuar. Na verdade nem sabia exatamente o que estava fazendo.
No início de 2018 comecei um canal no YouTube. Estava morando em Londres naquele momento e fiz minhas primeiras gravações no parque, num frio de uns 5 graus e me sentindo um ET falando sozinho com uma câmera. Já outros vídeos foram feitos no quarto do AirBnB que estávamos morando, onde eu esperava ninguém estar em casa para poder gravar.
Hoje, em 2020, meu canal tem pouco mais de 4 mil inscritos e muitos dos vídeos não chegam a 100 visualizações, mesmo já tendo gravado quase 200 vídeos. Parece uma história de fracasso não é? Mas deixe-me contar mais alguns detalhes.
Há 10 semanas comecei o PodCast Guia da VIDA, que chega nessa semana ao episódio #10, sendo justamente o que incentivou o tema deste texto. Lá eu busco elaborar os melhores pensamentos, ideias e reflexões e empacotar no formato de PodCast. E sabe para quem eu faço isso? Para mim mesmo! Isso que você leu, faço isso por mim, antes de qualquer outra pessoa. Em cada episódio eu me forço para compreender algo mais profundamente e internalizar aquilo dentro de mim mesmo.
A mesma coisa aconteceu com o YouTube, uma plataforma fantástica onde qualquer pessoa pode criar seus próprios vídeos e divulgar da forma que achar melhor. Estando aberto para receber críticas ou elogios de qualquer um. Com certeza existe um Adriano antes de todos esses vídeos e um depois.
Para você que está buscando criar algo novo ou que está tentando e ainda não tem resultado, quero te dizer para fazer mais por si mesmo e menos para os outros. Pense no seu crescimento pessoal, em poder se expressar de forma mais ampla e faça mesmo que os resultados não venham. Seja uma pessoa plena simplesmente por fazer e não por ter o resultado que outras pessoas esperam de você.
É claro que existem coisas que devemos prestar atenção. Uma delas, por exemplo, é dinheiro. Todos nós precisamos de suporte financeiro de uma forma ou de outra, por isso, talvez você não consiga trabalhar em tempo integral na sua ideia, mas isso não significa desistir. Eu fui muito feliz em ter encontrado o caminho do desenvolvimento pessoal que me deu a oportunidade de trabalhar com o que gosto e ainda ser remunerado por isso, inclusive tendo já tendo impactado milhares de pessoas.
Paradoxalmente, boa parte do que me inspira a fazer bem o trabalho que me remunera é justamente o trabalho que não dá “resultados” aparentes, ou seja, o YouTube, o PodCast Guia da VIDA e o boletim #CONSCIÊNCIA que você está lendo agora. Por isso quero te encorajar a usar parte do seu tempo para criar coisas que te façam crescer por dentro, mesmo que no começo você não tenha resultado em questão de números, ou até mesmo em algo que não tenha esse tipo de resultado, que seja apenas pelo prazer de fazer o melhor que você pode fazer.
Expressar o que nós somos de verdade pode mudar completamente o rumo de nossas vidas. Mas lembre-se, por você e não pelo que o mundo espera de você.
Se quiser mais sobre esse assunto, nessa semana o Guia da VIDA será justamente sobre isso. Vem comigo! =D
Até a próxima!
Um forte abraço,
Adriano.
Postado originalmente em 15 de julho de 2020.