A interminável busca do resultado

Já quis muito algo e quando conseguiu, o prazer de ter conseguido durou muito menos do que você imaginou? Além disso, já se perguntou por que isso

Já quis muito algo e quando conseguiu, o prazer de ter conseguido durou muito menos do que você imaginou? Além disso, já se perguntou por que isso acontece?

No boletim de hoje quero te trazer algo que talvez mude sua perspectiva de vida e como você busca os objetivos.

 

 

Primeiramente, vamos ver como buscamos o que buscamos. Muito do que queremos na vida e nos esforçamos muito vem de um ideal inconsciente que foi formado em nossa mente desde a infância. Conceitos de “ser bem sucedido”, do que é beleza, de construção de família, dinheiro, e por aí vai, a lista é praticamente infinita. E provavelmente você se pegou um dia desejando algo simplesmente porque você viu em algum lugar, certo? Como, por exemplo, querer o brinquedo que apareceu na propaganda da televisão quando você via desenho animado.

Desde aquela sugestão do brinquedo até os dias de hoje, acredito que você tenha se esforçado muito para conseguir muitas coisas na vida. Com certeza alguns você foi bem sucedido e obteve e outros não e isso te causou frustração.

Perceba que foi sempre sobre o que eu tenho e nunca sobre o que esse objeto me faz sentir. Ou seja, a validação sempre foi externa, mas o que importava mesmo era o que você sentia quando conseguira aquilo, não é mesmo?

Então chegamos em nosso impasse, desejo algo do lado de fora, mas o que deve ser satisfeito é do lado de dentro. Percebeu? Como passamos a vida inteira sem conectar os dois?

Talvez porque nunca tenhamos parado para perceber que existe uma diferença! Que o objeto do meu desejo dentro da minha cabeça é muito diferente do objeto real. Dentro de nós ele é puramente pensamento e sensação, quando se materializa, a mente perde aquela euforia da imagem que estava do lado de dentro.

Eu sou uma pessoa que gosta de eletrônicos, sempre fico muito ansioso quando vou comprar um (claro que agora muito menos..., mas no começo foi difícil). Para comprar meu primeiro notebook fiquei mais de um mês planejando, visitando lojas etc. Na semana que eu ia comprar de fato nem consegui dormir. Foi um prazer muito grande ir até a loja e fazer essa compra, levar para casa, tirar da caixa, ligar, e daí... na tela do Windows minha ilusão já começou a diminuir porque agora era somente mais uma ferramenta de trabalho nas minhas mãos que eu deveria simplesmente... usar. Nada de mágico.

Situações semelhantes aconteceram muitas vezes na minha vida, até eu descobrir que aquele objeto que está dentro da minha cabeça é muito mais mágico que o objeto real. E quando eu conseguir, com certeza a euforia vai passar muito rapidamente. Simplesmente é assim.

Descobrindo isso eu consegui orientar meus desejos para situações muito mais nobres que trazem muito mais prazer. Como por exemplo o trabalho com pessoas. Seja de forma voluntária ou de forma profissional.

O que eu quero te dizer nesse boletim é que o resultado que você busca depende de como você irá interpretá-lo depois, e se será uma interpretação, por que não antecipar isso para algo mais próximo e que já esteja ao seu alcance?

Até a próxima!
Um forte abraço,
Adriano.
Postado originalmente em 11 de novembro de 2020.

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