Um novo olhar para comunicação

Este boletim tem como intuito te ajudar a ver o mundo de forma mais clara, sabendo separar o que importa do que não importa, porém em um nível muito mais profundo.

(Adriano Sugimoto)


(aviso: ao final há um link para você saber mais sobre o tema)

Algum dia na sua vida você já se expressou de uma forma contrária ao que você realmente queria dizer? Mesmo sendo algo que o ser humano faz todos os dias, a comunicação continua sendo uma grande dificuldade para praticamente todos, que ao invés de resolver problemas, acaba gerando arrependimento, ofensas, desconfiança, desmotivação etc.

A prática não deveria levar a perfeição? O simples comunicar não deveria aperfeiçoar-se naturalmente ao longo deste treinamento diário? Diferente de palavras cruzadas que quanto mais se faz mais habilidade se tem, a comunicação é mais parecida com um exercício físico complexo, onde a atividade mal orientada pode causar mais dor do que benefício. Isso porque muito da forma que nos expressamos é pobre e cheia de conceitos limitantes que reproduzimos sem nem perceber.

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Clareza dos fatos

O primeiro ponto a ser destacado é a falta de clareza da realidade, ou pelo menos do que é possível observar. O ser humano é extremamente ágil para criar julgamentos de tudo e de todos. Qualquer característica ou ação que chame atenção é rapidamente classificada. Seja como boa ou má, desejável ou não, bonito ou feio, favorito ou detestado, devagar, de baixa qualidade, desconfortável, inconveniente etc.

Se por um lado as classificações nos ajudaram a evoluir e chegar até aqui, por um outro elas retiraram a capacidade do ser humano de observar as coisas como realmente são. Nenhuma árvore é igual a outra, porém quando recebem o nome “árvore” tornam-se exatamente iguais. Por isso, uma pessoa “inconveniente” passa a ser somente inconveniente, idêntico a qualquer outro “inconveniente” que tenha vindo antes. Toda beleza, detalhes, particularidades desaparecem diante dos julgamentos.

A falta de habilidade em observar sem julgar faz com que a comunicação se torne apenas uma troca de julgamentos, onde eu julgo você, você me julga e nós brigamos.

Autoconsciência

Pior que não conseguir observar o lado de fora, é não compreender o que se passa do lado de dentro. Seres humanos, assim como todos os animais, têm inatos o instinto de sobrevivência. Quem vive puramente por este instinto está sempre aperfeiçoando seu ataque e sua defesa. E todo animal sabe que para atacar ou defender é essencial esconder suas fraquezas. No conceito social comum, sentimentos são vistos como fragilidade, ou seja, quem demonstra sentimentos é tido como mais fraco. Como resolver o problema? Como todo animal, claro! Escondendo essas fraquezas. Tão bem escondidas que nós mesmos não as achamos!

Os seres humanos tendem a repelir os sentimentos tidos como negativos, sem buscar compreendê-los; gerando uma bomba-relógio com risco de explosão iminente. Sem compreender e buscando esconder o estado interno, a comunicação nunca leva em conta a real situação. Frases como: “você nunca me escuta!”, “sou um fracasso” ou “você ama mais o trabalho do que eu!”, são formuladas na base do instinto ataque/defesa e que nunca chegam a expressar sentimentos, necessidades e muito menos o que se deseja verdadeiramente ao se falar isso.

Condicionamento social

Quantas frases você diz que são realmente suas? E quantas são reproduções do que você viu e vê ao seu redor? Olhando para si mesmo é difícil reconhecer esses padrões, mas fica fácil quando olhamos para os outros. Aqui na Inglaterra, em geral, o comportamento é bastante autodepreciativo e negativo; vejo constantemente pessoas definindo situações como frustrantes. Não é somente uma ou duas pessoas que fazem isso, mas sim quase todas. Semana passada um colega de trabalho da Michelle se assustou com a resposta pessimista dela, pois ela costumava a ser a mais otimista do grupo, sinal de que ela absorveu as palavras do meio sem nem perceber.

Fomos criamos em uma cultura que mantinha o status-quo através da repressão, definição de padrões e limitação de pensamentos. Porém, agora os tempos são outros! Você tem acesso na palma da mão a praticamente todo conhecimento do mundo através da internet. Muitos dos conflitos atuais são devidos ao desejo de viver no mundo atual utilizando os padrões antigos. Não se pode mais obrigar uma criança a fazer algo, pois ela muitas vezes tem mais capacidade de argumentação e definição de certo e errado que nós. Por isso, temos que desenvolver nossa capacidade de comunicação para substituir as imposições por diálogos saudáveis e respeitosos.


Novo curso de Comunicação Não-Violenta:

Estou lançando hoje o novo curso de Comunicação Não-Violenta (CNV) baseado nos princípios trazidos por Marshall Rosenberg. Tenho para mim que esse curso é o mais importante para o ser humano que eu já fiz. Pois para trabalhar a comunicação, a CNV trabalha antes a visão de mundo e de nós mesmos. Muitos dos erros que cometemos devem-se a nunca termos aprendido uma melhor forma de ver o mundo. Neste curso vamos em uma jornada através das limitações da comunicação, observação, sentimentos, necessidades, como formular um pedido e muito mais.

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Vamos?


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Muito obrigado.

Um forte abraço.

E tchau!

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